Falange Dourada ( ROSA KAPILA )
MEU LUGAR NENHUM
"No meio da rua/ no meio do mundo/
no meio da vida/ ao léu, ao sol/ sombra?
- só a do chapéu"
( Josefina Neves Mello )
Para minha amiga Josefina
Um sol cor de "sangre"
Me dá adeus pelas costas na praia "vadia"
Minha mochila, atrás, se comunica por mim
/com seus fechos que parecem dois olhos.
Meu nariz é meu companheiro de viagem.
Eu, meu nariz e as mentiras humanas caminhamos,
/conversamos...
Tenho saudades de um pé... que eu pudesse arrastá-lo
/comigo.
Procuro uma escora em que eu possa ficar de lado.
Uma parede de sisal me segura. Durmo.
Dou de cara com um sonho.
Meu nariz também dorme.
Minha mala acabrestada de uma melancolia indolor,
/ geme.
Gemem os pés, os braços, o nariz.
Este é o meu gemido.
Uma poeta tosca indo atrás de Anne Sexton...
/olhe por mim, querida, afinal de contas
/ há no mundo mais mortos do que vivos.
O diário dos meus dias é ridículo.
Meu ouvido pensante também dorme.
Quantos abecedários eu joguei fora por esse mundo chinfrim.
Onde está aquele céu que me roubaram?
Escrito por Rosa Kapila às 20h04
[(1) Apenas 1 comentário] [envie esta mensagem] [link]
SENHORITA DOS 1.000 BLOGS
www.rosakapila.zip.net
MEU LUGAR NENHUM
"No meio da rua/ no meio do mundo/
no meio da vida/ ao léu, ao sol/ sombra?
- só a do chapéu"
( Josefina Neves Mello )
Para minha amiga Josefina
Um sol cor de "sangre"
Me dá adeus pelas costas na praia "vadia"
Minha mochila, atrás, se comunica por mim
/com seus fechos que parecem dois olhos.
Meu nariz é meu companheiro de viagem.
Eu, meu nariz e as mentiras humanas caminhamos,
/conversamos...
Tenho saudades de um pé... que eu pudesse arrastá-lo
/comigo.
Procuro uma escora em que eu possa ficar de lado.
Uma parede de sisal me segura. Durmo.
Dou de cara com um sonho.
Meu nariz também dorme.
Minha mala acabrestada de uma melancolia indolor,
/ geme.
Gemem os pés, os braços, o nariz.
Este é o meu gemido.
Uma poeta tosca indo atrás de Anne Sexton...
/olhe por mim, querida, afinal de contas
/ há no mundo mais mortos do que vivos.
O diário dos meus dias é ridículo.
Meu ouvido pensante também dorme.
Quantos abecedários eu joguei fora por esse mundo chinfrim.
Onde está aquele céu que me roubaram?
Escrito por Rosa Kapila às 20h04
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